Luiz Maia
Tudo aconteceu repentinamente. Com o passar dos anos nosso amor já não era o mesmo. Nos primeiros meses de convivência tivemos experiências maravilhosas. Mas, sem que eu me desse conta, percebi que o brilho de teus olhos não mais prendiam minha atenção. Os meus beijos, que tantas vezes chegastes a me pedir, foram estranhamente por ti esquecidos. O teu sorriso aberto escondeu-se por trás de um semblante triste, diferente de quando nos conhecemos. Nosso namoro fogoso, os beijos apaixonados, as juras de amor que fazem todos os casais, tudo isso se perdeu na contramão do tempo. Esquecemos de contemplar o pôr-de-sol e já não vamos aos lugares a que costumávamos ir com certa freqüência. Os dias foram passando sem que pudéssemos nos lembrar das partilhas construídas com tanto amor, nem das conversas sobre a paz vinda das florestas que tanto encantou nosso viver. Não, definitivamente já não ouço o cantar dos pássaros nem os passos teus. Essa distância, que me remete a um doído silêncio, tem o poder de esconder a beleza que antes havia em ti. Tu que sempre fostes por mim amada, hoje não passas de recordação. Bom era o tempo em que podíamos olhar em nossos olhos e perceber o quanto que nos queríamos bem.
Eu fico pensando que o amor que nutríamos um pelo outro pode ficar para trás se não tivermos a percepção para entender que as pessoas mudam a cada dia, que nada é estável e que tudo é dinâmico. Quando exigimos que o outro permaneça igual como fora antes, deixando de lado seu crescimento e sua curiosidade em relação a outros aspectos da vida, estamos sendo egoístas, para não dizer arbitrários. Quando esquecemos de aceitar as pessoas como elas são, a nossa desilusão mais adiante será inevitável. Eu comecei a analisar esses fatos e passei a entender que eu precisava refazer urgentemente meus planos, para em seguida tentar realizá-los em parceria com a mulher amada, dessa feita numa ação conjunta e de fato prazerosa. Nossa vaidade pode nos levar a desenvolver uma aversão àqueles que não combinam com o que gostaríamos que fossem. Nesse caso passamos a brigar contra a realidade e a substituí-la por nossas idéias. Num determinado momento acreditamos que essas idéias correspondem aquilo que somos. Ledo engano. Quem quiser aprender com a vida considere primeiramente nossas tangíveis diferenças. Infelizmente só percebemos o quanto que ainda temos a aprender neste mundo quando já somos maduros.
Eu fico pensando que o amor que nutríamos um pelo outro pode ficar para trás se não tivermos a percepção para entender que as pessoas mudam a cada dia, que nada é estável e que tudo é dinâmico. Quando exigimos que o outro permaneça igual como fora antes, deixando de lado seu crescimento e sua curiosidade em relação a outros aspectos da vida, estamos sendo egoístas, para não dizer arbitrários. Quando esquecemos de aceitar as pessoas como elas são, a nossa desilusão mais adiante será inevitável. Eu comecei a analisar esses fatos e passei a entender que eu precisava refazer urgentemente meus planos, para em seguida tentar realizá-los em parceria com a mulher amada, dessa feita numa ação conjunta e de fato prazerosa. Nossa vaidade pode nos levar a desenvolver uma aversão àqueles que não combinam com o que gostaríamos que fossem. Nesse caso passamos a brigar contra a realidade e a substituí-la por nossas idéias. Num determinado momento acreditamos que essas idéias correspondem aquilo que somos. Ledo engano. Quem quiser aprender com a vida considere primeiramente nossas tangíveis diferenças. Infelizmente só percebemos o quanto que ainda temos a aprender neste mundo quando já somos maduros.
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